E É SÓ NOTÍCIA BOA!
O Rio Grande do Sul deu um o estratégico rumo à transição energética ao anunciar, nesta semana, um plano inédito de descarbonização. A medida, que prevê investimento de R$ 102 milhões por meio de edital público, pretende atrair empresas interessadas em produzir hidrogênio verde — combustível limpo e promissor no combate às mudanças climáticas.
O lançamento, feito pelo governador Eduardo Leite no Cais Mauá, em Porto Alegre, marca o início de uma nova etapa para o Estado: tornar-se referência nacional no uso de fontes renováveis e liderar a economia verde no Brasil.
Desse total, R$ 30 milhões virão do Tesouro Estadual. Os projetos selecionados terão até 24 meses para serem implantados, com apoio técnico e institucional da Casa Civil. Segundo Leite, trata-se do “maior investimento público já feito no Brasil” nesse setor. O plano está alinhado ao programa Plano Rio Grande, que visa à reconstrução sustentável do Estado, após os eventos climáticos extremos de 2024.
Artur Lemos, secretário-chefe da Casa Civil, destacou que a estratégia foi desenvolvida a partir da análise de mais de 90 projetos ambientais implementados no Estado. “O RS está focado na sustentabilidade. Essa política nos posiciona como liderança na transição energética brasileira e também como referência para outros Estados e países”, afirmou em artigo publicado no jornal Zero Hora.
A proposta está ancorada no forte potencial gaúcho em energias renováveis — como a eólica, solar e biomassa — e ganhou repercussão até no Japão, que demonstrou interesse em futuras parcerias. O incentivo público visa criar um ambiente favorável à instalação de plantas industriais que capturem o carbono da atmosfera e ajudem o Brasil a cumprir metas internacionais de redução de emissões.
Além dos aportes financeiros, o governo do RS também irá propor à Assembleia Legislativa um projeto de lei que isenta de taxas ambientais (como as da Fepam) os empreendimentos com emissão zero de carbono, fortalecendo a competitividade e a agilidade dos trâmites ambientais.
A medida vem em um momento em que o mundo busca alternativas sustentáveis para reconstrução pós-eventos extremos. No caso do RS, o plano de hidrogênio verde não é apenas uma ação climática, mas uma política de desenvolvimento econômico, inclusão social e justiça ambiental.
O governo espera que o Rio Grande do Sul se torne uma vitrine da nova indústria verde, gerando empregos qualificados e atraindo investimentos internacionais. A expectativa é que os primeiros projetos comecem a sair do papel ainda em 2025.
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